SINOPSE
O documentário “Fala Tu” acompanha o cotidiano de três moradores da Zona Norte carioca que, em comum, têm a paixão pelo rap. O filme é testemunha dos sonhos, dramas e transformações vividas pelos personagens durante os nove meses de filmagem.
Macarrão, 34, compositor e cantor de rap do Morro do Zinco, ganha a vida como apontador do jogo do bicho. Vive com a mulher e suas duas filhas e torce pelo Fluminense.
Thogum, 32, budista e rapper de Cavalcante é um dos pioneiros do movimento rap no Rio. Seu estilo agressivo de cantar esconde sua real personalidade. Ganha a vida vendendo produtos esotéricos de porta em porta. Seu pai, sambista e motorista de ônibus aposentado adoeceu com câncer. Os dois, que se viram muito pouco nos últimos vinte anos, têm tentado se reconciliar – muitas vezes através da música.
Combatente, 21, operadora de telemarketing e rapper de Vigário Geral. Confiante no poder transformador do rap, ela versa sobre saúde sexual, paz e igualdade. Recentemente foi iniciada na igreja do Santo Daime. Combatente mora com sua mãe, avó, duas tias e um sobrinho.
O filme é um olhar sobre estes três personagens cariocas e sobre o que eles têm a nos dizer. Faz-se assim uma crônica de um Rio de Janeiro de hoje.
O documentário “Fala Tu” de Guilherme Coelho e Nathaniel Leclery é uma co-produção Matizar e VideoFilmes, captado em formato DV Cam e ampliado para 35mm.
FICHA TÉCNICA
Direção: Guilherme Coelho
Argumento: Nathaniel Leclery
Montagem: Márcia Watzl
Fotografia: Alberto Bellezia
Som Direto: Leandro Lima
Produção: Mauricio Andrade Ramos, Mano Tales, Nathaniel Leclery e Guilherme Coelho
Produção Executiva: Erika Safira
NOTA DO DIRETOR
A delícia de fazer algo pela primeira vez. E quando se faz documentário, descobrir isso com a equipe e também com os personagens. Nathaniel e eu nos conhecemos (apresentados pela Olivia Rabacov), e três meses depois já queríamos fazer um filme pra mudar o mundo – ou pelo menos o cenário do Rap no Rio. Que bom que mudamos de objetivo político, transformando o filme numa crônica urbana sobre vidas, e assim salvamos o filme. Foi também nosso primeiro trabalho com Albertinho Bellezia (fotografia), Leando Lima (som direto) e Marcia Watzl (montagem). Em algum momento, na Kombi do Chambinho, entre o Zinco, Cavalcanti, Vigário Geral e Oswaldo Cruz, nasceu a Matizar, nossa produtora.
Guilherme Coelho
FESTIVAIS
54th Berlin International Film Festival 2004
Seleção Oficial – Panorama
Miami International Film Festival 2004
Seleção Oficial – Competição
Cinema du Réel 2004, Paris
Competição Internacional
Nat Filmfestivalen 2004, Copenhagen
Seleção Oficial
New York Latino Film Festival 2004
Seleção Oficial
Festival do Rio 2003
Seleção Oficial
Mostra Internacional de Cinema de São Paulo 2003
Seleção Oficial
PRÊMIOS
5º Festival do Rio
Melhor Documentário (Júri Popular)
Melhor Diretor (documentários e ficção)
Festival Cine de las Americas, Austin 2004
Melhor Documentário (Júri Popular)
Festival de Cinema Brasileiro em Paris, 2004
Menção Honrosa