SINOPSE
Cildo Meireles é um dos principais artistas plásticos brasileiros, tendo conquistado em 2008 o prestigiado Premio Velázques de las Artes Plásticas. Conduzido pelas palavras do próprio Cildo, o filme percorre suas obras, procurando entender o processo criativo e o pensamento do artista. De 2005 a 2008; do ateliê onde trabalha às grandes exposições internacionais; de Inhotim, em Minas Gerais, ao Tate Modern, em Londres; do Cruzeiro do Sul ao Desvio para o Vermelho, passeamos por suas obras e idéias, em uma trajetória ao mesmo tempo reflexiva e profundamente sensorial.
FICHA TÉCNICA
Direção: Gustavo Rosa de Moura
Produção Executiva: Guilherme Coelho, Mauricio Andrade Ramos, Nathaniel Leclery e Antonio Dias Leite
Roteiro: Gustavo Rosa de Moura e Sergio Mekler
Fotografia: Alberto Bellezia
Montagem: Sergio Mekler e Gustavo Rosa de Moura
Som direto: Toninho Muricy, Gustavo Campos e Matt Kemp
Produção: Ana Murgel e Mariana Ferraz
FESTIVAIS
Festival de Berlim 2003
Mostra Panorama
Tate Modern
Exibido na exposição Cildo Meireles 2008/2009
É Tudo Verdade 2009
Seleção oficial
Festival de Gramado 2009
Seleção Oficial
Festival do Rio 2009
Mostra Retratos
Mostra Internacional de Documentários da Colômbia 2010
Mostra Retratos
Notas do diretor
Em 2005, quando Guilherme e Nathaniel me convidaram para pensar num dos filmes da série “Retratos Contemporaneos da Arte”, o nome do Cildo logo me veio à cabeça. Seria uma ótima oportunidade de explorar cinematograficamente o universo de um artista que eu sempre admirei muito, e, sobretudo, de entrar em contato direto com suas idéias e reflexões. Eu não o conhecia pessoalmente, e pedi ao Paulo Venancio – um amigo em comum – que me levasse a seu ateliê, me apresentasse a ele e me ajudasse a convencê-lo a fazer o filme.
Cildo Meireles é um artista que trabalha com a idéia de paradoxo. Hoje, depois de quase quatro anos de “processo”, me dou conta de que esse filme é também um paradoxo: retratar, expor, alguém que não quer – nem nunca quis – ser retratado, exposto. Cildo não gosta de holofotes, palcos, câmeras, microfones, flashes. Quer que sua obra fale sozinha, autónoma, independente, como um filho já criado cuidando de sua vida. Nós – Albertinho (fotógrafo) e eu – filmamos as obras, naturalmente, mas filmamos também o artista. Junto com o Serginho (editor), fomos dando, passo-a-passo, bem de mansinho, forma ao paradoxo. Forma do que? Pois é, boa pergunta: forma do que?
Gustavo Rosa de Moura